Será fácil comunicar com as crianças? Como fazê-lo acerca de assuntos relacionados com a Nutrição, sejam eles a alimentação, publicidade, doenças associadas…? Este espaço está direccionado para os mais pequenos, para a comunicação com os mesmos, no entanto será de grande interesse para todos, miúdos e graúdos!

terça-feira, 27 de março de 2007

O Nosso País e o Excesso de Peso


Segundo um estudo apresentado em Faro, cerca de 30% das crianças que vivem no Algarve têm excesso de peso, valor que segue a linha do resto do país. O estudo, realizado no âmbito do Programa de Combate à Obesidade Infantil no Algarve, baseou-se na avaliação a 1.021 crianças, com idades entre 7 e 9 anos. A investigação, realizada em quinze escolas de nove concelhos algarvios durante o ano lectivo 2005-2006, aponta para 30% de crianças com excesso de peso, das quais 20% sofrem de pré-obesidade e 10% são obesas.
De acordo com os especialistas, os números são preocupantes e estabelecem uma relação entre o excesso de peso e o reduzido nível socioeconómico que prevalece na maioria dos países dos Sul da Europa. Deste modo, Portugal foi apontado como o país do sul europeu onde a prevalência da obesidade é mais elevada devido, em parte, à alimentação da população: produtos baratos e extremamente calóricos.

In “Diário Digital” – 26.03.2007

Ver também ARS Algarve

Será mesmo motivo de orgulho para os pais?!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Tempo de Leitura


No seguimento do post anterior, deixamos aqui uma proposta de leitura: ’O Império do Fast Food’, de Eric Schlosser. Este livro faz referência à história do Fast Food nos EUA e evidencia os problemas de saúde pública causados por este tipo de alimentação, para além de outros assuntos relacionados com o tema. Para quem se interessa pelo tema, é uma leitura bastante interessante e só para “abrir o apetite”, fica uma advertência do Evening Standard: ‘Graças a este autor, nunca mais vai pegar num hambúrguer. ‘

O Mundo 'Encantado' do Fast Food

Porque será que os restaurantes de Fast Food têm tanto sucesso, principalmente entre as crianças/jovens?
São muitas as razões para tal acontecer, começando pelos produtos saborosos que lá são vendidos; sem sequer passarem perto do saudável, são sem dúvida alguma muito bons de saborear. O preço acessível e a facilidade em comer também pesam na escolha dos jovens: os produtos vendidos nestes espaços são baratos, acessíveis ao bolso de qualquer jovem e ainda se podem comer sem talheres, no restaurante ou noutro lugar.
Para os mais pequenos, o que os mais os chama são os brindes/brinquedos oferecidos na compra de um simples Menu e ainda os parques infantis existentes nos restaurantes, as chamadas “bricolândias”, que fazem as delícias das crianças e dão algum descanso aos pais.
No entanto, a maior “culpada” das crianças irem aos restaurantes Fast Food e, consequentemente, do seu sucesso, é a publicidade. As crianças tornaram-se o público-alvo das campanhas publicitárias de empresas como a McDonald’s, a Coca-Cola, … A comunicação dirigida às crianças cresceu bastante; hoje em dia, a televisão é apenas uma fracção das formas de marketing: também já há publicidade às grandes empresas na Internet, nos parques temáticos e nas escolas! O objectivo dos anúncios é muito claro: conseguir que os miúdos pressionem os pais e fazer com que estes comprem os produtos.É urgente proteger as crianças contra a publicidade que ataca a sua ingenuidade e é necessário proibir ou, pelo menos, diminuir de forma drástica os anúncios publicitários a alimentos muito pouco saudáveis, que são dirigidos a crianças.

terça-feira, 13 de março de 2007

A Alimentação Nas Nossas Escolas


Sabendo que, hoje em dia, a maioria dos alunos almoça na escola, este é um tema que em muito preocupa os nutricionistas.
Embora algumas escolas já começaram a fornecer refeições mais saudáveis aos seus alunos nas cantinas, muitas ainda recorrem aos fritos vários dias por semana e aos doces como sobremesa. No entanto, mesmo nas escolas em que a alimentação saudável na cantina começa a ser prioridade, ainda existem tentações à volta dos alunos, como no bar/bufete, nas ‘vending machines’ e até no café no outro lado da rua...

Poderiam ser adoptadas algumas soluções para melhorar a alimentação dos alunos nas escolas, tais como fechar o bar/bufete durante o horário de almoço ou proibir a venda de alimentos muito calóricos, substituir os alimentos mais calóricos existentes nas ‘vending machines’ por outros menos calóricos e mais saudáveis, fazer com que os alunos comam sopa e fruta como sobremesa às refeições.
Mas, para que se alcancem os objectivos, é necessário educar os miúdos, explicar-lhes o porquê das modificações feitas, fazer com que entendam porque é que é mais saudável comer uma refeição completa na cantina com sopa e fruta e não um hambúrguer e um refrigerante no café lá fora… O principal é saber comunicar com os jovens! Fazer chegar-lhes o nosso ponto de vista.

quinta-feira, 8 de março de 2007

A televisão de hoje…


Todo o ser humano tem prazer em ver televisão, mas as crianças têm um interesse especial na “caixa mágica”.
Cada vez mais existem telenovelas e séries destinadas aos mais jovens, em que se abordam assuntos relacionados com a alimentação como, por exemplo, a problemática da bulímia, a ingestão de álcool em excesso, a prática de exercício, etc. E não nos podemos esquecer que estas séries são protagonizadas por jovens conhecidos e, muitas vezes, idolatrados pelo público mais jovem.
Sabendo qual o peso que a televisão, e dos seus ídolos, possui sobre os mais pequenos, será que as séries e telenovelas são capazes de influenciar as escolhas e os comportamentos alimentares das crianças/adolescentes? E em relação aos pais, será que estes são, de alguma forma, levados a mudar os seus hábitos e comportamentos?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Geração Instantânea



Começa assim: “Falharam o Vasco Granja e o Verão Azul, as cassetes e os vinis…”.
Na edição de ontem, o jornal Público debruçava-se sobre a geração de miúdos nascidos em 1990 – a primeira geração a crescer com internet, a geração arroba, como lhe chamam.
Têm 17 anos em 2007, o que definitivamente não é o mesmo que há 17 anos atrás. Aliás, o cenário tecnológico que envolve estes adolescentes só podia, há 17 anos atrás, ser encontrado num bom filme de ficção científica.
E embora para muitos dos nascidos antes desse ano, a cibernética e afins sejam actualmente ferramentas já quase banais, existe uma grande diferença entre crescer com elas e vê-las nascer… A geração do pc, do telemóvel, do mp3, do instantâneo, é totalmente diferente de qualquer outra. Para eles, o mundo é mesmo uma aldeia global, tudo a um dedo de distância, quase sem limites ou barreiras.
Agora pense-se que de 1990 até ao dia de hoje foram percorridos mais umas dezenas de milhares de quilómetros nesta auto-estrada da ciência e tecnologia… Imagine-se como será nascer e crescer no novo milénio. Tão simples quanto isto: para estes, a geração arroba é ‘do século passado’!!
Pode começar também aqui a missão a que nos propomos, a de comunicar com os mais novos, sabendo que o seu mundo está formatado num molde em que a comunicação pode conhecer diversas formas e vias, mas principalmente que é uma encruzilhada de novos canais entupidos de boa e má informação, e que o desafio está em saber filtrá-la para melhor a aproveitar. No caso, sobre o vasto universo da nutrição e da alimentação.
‘De pequenino se torce o pepino’, a sabedoria popular adaptada. Informação de qualidade, a um click de distância. Tudo a par da tecnologia e da alta velocidade.

terça-feira, 6 de março de 2007

Trocando por Miúdos...


O desafio para a criação deste blog surge no âmbito da cadeira de Comunicação, integrada no 4º ano do plano curricular da licenciatura em Ciências da Nutrição da Universidade do Porto. Nós incrementámos esse desafio, propusemo-nos comunicar com os mais pequenos, descobrir como "chegar a eles".

A comunicação é algo constante nas nossas vidas, através dos vários sentidos e utilizando um sem número de veículos.

Será linear comunicar com os mais jovens? E comunicar-se-á do mesmo modo com todos eles? Este é o desafio...

Está aberta a discussão!



Este espaço é da responsabilidade de:

Joana Oliveira

Mª Antónia Ruão

Rita Martins da Costa